Em uma sociedade na qual dinheiro e família são quase tudo, casar-se não é uma tarefa fácil. Na china, o matrimônio se transformou em um gasto milionário e uma vida financeira sólida auxilia, e muito, na busca do par.

Na expectativa de uma melhor situação financeira muitas pessoas migram dos campos para os grandes centros, com a expectativa de melhorar a renda, mas uma pesquisa feita pela organização governamental “Federação de Mulheres da China”, apontou que essa mudança não melhorava em nada as coisas.

A busca por um par é acirrada, são mais de 180 milhões de solteiros com idade legal para casar (22 anos para homens e 20 para mulheres). E em algumas famílias os Pais tentam ajudar na busca de um par migrando para os grandes centros com esperança de boas perspectivas ou indo a praças e expondo os “dotes” dos seus filhos.

E falando na idade legal para casamento, membros do Congresso Nacional popular reuniram-se em Pequim e propuseram a diminuição da idade legal para casamentos, que hoje é uma das mais altas do mundo. A proposta pretende reduzir a idade mínima para ambos os sexos para 18 anos. A justificativa para isso é incentivar mais nascimentos, uma vez que a população idosa vem aumentando.

Outra medida aprovada recentemente, foi a abolição da lei do filho único, permitindo até dois filhos por família, a partir outubro de 2015. A lei do filho único foi implantada pelo governo na década de 1970, a fim de facilitar o acesso da população do país a um sistema de saúde e educação. A lei consistia na proibição, a qualquer casal, ter mais de um filho. Casais que tinham mais de um filho eram punidos com multas. Mas a lei do filho único gerou consequências, e deixou o país mais populoso do mundo, com poucos jovens para oferecer suporte à uma sociedade em processo de envelhecimento.

O efeito da abolição da lei do filho único foi aquém do esperado, os dados de natalidade de 2016 ficaram abaixo da metade prevista.

Paralelo a proposta de diminuir a idade legal, os ministros da saúde e finanças mencionaram a possibilidade de incentivos financeiros para encorajar os casais a terem um segundo filho, afinal o auto custo da assistência à infância desencoraja muitas famílias.

E já há sinais que o governo chinês está se preparando para muitos nascimentos. De acordo com a comissão de planejamento familiar, além de mais camas de maternidade, será assegurado tratamentos neonatal de qualidade e o aumento no número de pediatrias.

Mas o aumento da idade legal ainda não é um consenso entre muitos. Há quem acredita que essa redução teria consequência sociais, como a pressão de adolescentes saírem mais cedo de casa para casa-se podendo afetar a educação, por exemplo.

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