Desde 1956 a língua oficial na China é o mandarim. Também conhecido pelos chineses como putonghua (普通话). O mandarim se divide em simplificado e tradicional: o chinês simplificado, criado em 1950 pelo Governo afim de fomentar a alfabetização, é um dos padrões de escrita da língua chinesa, uma forma simplificada dos caracteres do chinês tradicional, usado na República Popular da China, em Singapura e pela comunidade chinesa da Malásia. A simplificação foi criada a partir de uma diminuição dos números de traços que compõe o caractere; o chinês tradicional ou padrão permanecem de forma razoavelmente estável desde o século V. Atualmente o chinês tradicional é utilizado em Hong Kong, Macau, Taiwan e também por chineses emigrados em todo o mundo. O mandarim é composto por 80.000 caracteres, chamados de hanzi (汉字), dos quais 7.000 (sete mil) são mais usados.

Uma pesquisa feita pelo Ministério da Educação na China mostrou que atualmente 94% da população chinesa fala mandarim, a língua oficial do País, isso ocorre pois existem 55 tipos de dialetos, e ainda existem chineses que falam apenas o dialeto próprio. Os dialetos apresentam grandes diferenças a ponto de não serem compreendidos por quem não o fale. Os principais dialetos são: cantonês, xangainês, sichuanês e hakka.

A gramática apresenta uma estrutura diferente da língua portuguesa, definições como: substantivo, adjetivo e verbo geralmente não funcionam em chinês. Muitas vezes a mesma palavra em mandarim pode ser um verbo, um substantivo ou uma preposição, depende do contexto. Além disso existe um sufixo formador de plural, e é usado apenas com pronomes e opcionalmente com substantivos referentes à pessoas, esse sufixo é caractere (men). Por exemplo: 我 (wo men) = nós (o caractere 我-wo sozinho significa “eu”) e 学生 (xué shēng) ou 学生 (xué shēng men) = estudantes.

A escrita é bem complicada, muitos acham que é impossível aprender, mas não é, apenas exige muita dedicação. O sistema de escrita é caraterizado pela ausência de um alfabeto, ele é logo gráfico, ou seja, são logo gramas que significam palavras ou morfemas, e esses não transcrevem o fonema, mas os significados; e de acordo com o dialeto eles podem ter pronuncias totalmente diferentes. Como são muitos objetos a serem denominados, muitos acabam sendo denominados pela junção de um caractere com outro e então geram um novo resultado.

A estrutura fonológica é talvez um ponto bastante complicado para nós brasileiros, pois é caracterizada pela diferença na entonação de cada palavra, assim uma mesma sílaba pode ter significados diferentes, ou seja, se a pronuncia for errada, o significado da fala pode ser outro ou não dizer nada. No mandarim existem quatro tons e mais um quinto que é neutro.
E para inserir todos esses caracteres em computadores, telefones móveis, tabletes e também para tornar o aprendizado da língua internacional é utilizado o pinyin (拼音-pīnyīn). O pinyin foi criado por um comitê governamental e aprovado pelo governo em 1956, sendo adotado como um padrão internacional em 1982. Utiliza-se letras latinas para representar sons no mandarim, mas nem sempre esses sons correspondem aos sons da língua portuguesa ou inglesa, por exemplo o som da letra b corresponde ao som da letra p.
Apesar das diferenças e dificuldades dessa língua, o mandarim vem ganhando relevância entre estudantes e profissionais brasileiros. Aprender mandarim não implica em apenas aprender uma nova língua, mas também em aprender sobre uma cultura milenar.

Próximo artigoNegócio da China?